PS/Açores acusa Costa Neves de maledicência

PS Açores - 8 de janeiro, 2007
O porta-voz do PS/Açores, Francisco Coelho, acusou hoje, em Angra do Heroísmo, o PSD/Açores e o seu líder de fazer “transitar a velha maledicência, a antiga incoerência e os tiques autoritários para este novo ano. "No limiar de um novo ano, o PS-Açores aproveita o ensejo para endereçar a todos ao açorianos votos de um feliz 2007, com o compromisso, sempre renovado, de tudo fazer para que este novo ano continue a ser, na nossa Região, um ano de paz, de coesão económica e social, de reforço institucional da Autonomia e da solidariedade para com todos, especialmente os mais frágeis e que mais precisam. A este propósito, a aprovação, no primeiro Conselho do Governo dos Açores de 2007, do aumento do Complemento Regional de Pensão em 3,5% para o corrente ano constitui a confirmação duma sensibilidade e obra solidária que o Governo Regional vem prosseguindo, com coerência e sem desfalecimentos. 2007 será, concerteza, um ano em que o ímpeto reformista do PS e do Governo prosseguirão, ao nível da aprovação duma proposta de Reforma Estatutária; ao nível da afirmação autonómica dum estatuto específico para a carreira docente nos Açores e ao nível do cumprimento do contrato eleitoral com os açorianos, com o início, prossecução ou conclusão de um conjunto vasto e significativo de obras públicas e um forte incentivo ao empreendorismo e investimento privados, que dinamizarão a nossa economia e continuarão a criar emprego, aumentando a solidez e sustentabilidade do nosso tecido económico. É pois com optimismo responsável, e confiança nos Açores e nos Açorianos, que iniciamos este ano, motivados pelos seus múltiplos desafios, e com a antecipada certeza que vamos vencê-los. Há, no entanto, quem precise de subsídio para o optimismo, de incentivo para a tolerância e de empréstimo, a fundo perdido, da noção das mais elementares regras do jogo democrático. É, consabidamente, o caso do PSD-Açores e do seu líder, que fizeram transitar a velha maledicência, a antiga incoerência e os tiques autoritários para este novo ano. O PSD-Açores iniciou 2007 com um balanço atrasado, requentado e atormentado de 2006. Com críticas abundantes e avareza de propostas alternativas; com maledicência em vez de acção; com incoerência gritante e laivos de autismo autoritário. Com efeito, o PSD-Açores, parece querer agora extinguir a Inspecção Regional. Constatou, só em 2007, que, como órgão da Administração que é, a mesma não é “independente”. E não é “independente”, em suma, porque, após um procedimento administrativo normal, na sequência duma queixa (mais uma!) do PSD relacionada com a actuação da Segurança Social, entendeu que a mesma falecia de adequada fundamentação. É que a independência da IR, já se sabe, só ficaria comprovada, e acima de qualquer dúvida, se fizesse a vontade ao PSD e ao Dr. Costa Neves. Felizmente, já não estamos em 1993, altura em que tal organismo era, já se sabe, absoluta e indubitavelmente independente, como o atesta o simples facto de, à altura, ser tutelado pelo Dr. Costa Neves. A quem, então, nunca ocorreu extingui-lo! Foi um tempo em que os Planos de Actividade da IR, ao contrário do que acontece de há uns anos a esta parte, não eram publicados no início de cada ano, o que levava, já se sabe, a que por vezes se levantassem dúvidas acerca do carácter ordinário ou extraordinário de determinadas diligências inspectivas. Era outra independência… A verdade é que a Comissão de Inquérito Parlamentar às actividades da Segurança Social, que o PSD-Açores quis criar, e foi criada, foi muito depressa abandonada pelos seus Deputados, que assim impediram que ela produzisse o seu relatório, e demonstrando com tais comportamentos anti-democráticos e obstrutivos da actividade parlamentar o seu verdadeiro respeito pelo Parlamento! Tudo isto faz o PSD-Açores na oposição. Numa antevisão e numa promessa, terríveis mas muito esclarecedoras, acerca do que voltaria a fazer no Governo! Por outro lado, o PSD - Açores insiste, de há anos a esta parte, no cenário das nuvens negras, e da pobreza dos açorianos. Trata-se duma pobre forma de fazer política, reveladora duma memória indigente e duma coerência miserável. Que, felizmente, todos os indicadores económicos e sociais desmentem, antes ressaltando uma contínua e sustentada convergência com as médias nacional e europeia. Apesar da responsabilidade histórica que o PSD-Açores detém em dois terços da nossa história Autonómica, a verdade é que, por exemplo, a taxa de crescimento do PIB per capita tem vindo a crescer consecutivamente desde 1996, bem como a taxa de actividade, enquanto a taxa de desemprego se mantém há anos em valores considerados tecnicamente irrelevantes. Os Açores fazem assim, por mérito das grandes opções de política entretanto tomadas, com o dinamismo das suas empresas e o trabalho dos açorianos o seu caminho de progresso e de bem-estar, apesar das deseconomias e dos sobrecustos da nossa dispersão e dimensão arquipelágicas, e do estádio de desenvolvimento donde partimos. E não é o falar mal de tudo e de todos, à laia de disco rachado, que se fazem uns Açores melhores e se dignificam e motivam os açorianos." Som integral da declaração